Toquei num estádio. Toquei num estádio de futebol.
E depois? Ninguém sabe nada. Ninguém sabe ponta do que eu senti quando olhei para esse mar de cabelos e olhos. Voyeurs num peep-show. Expressões de um humano inverosímel. Uma incógnita apreciando outra.
De que me vale o feito se é para isto..trazer um estereótipo, um conceito prosaico de personagem para ti, que julgas conhecer algo que não existe, que te é veiculado por um palco, por uma postura blasé e suada.
Mas eu quero que vejas isso. Quero ter esse poder sobre ti, quero poder olhar-te de cima, achar-te vulgar, fracção de uma manada acéfala, néscia, estulta e manipulável. Eu grito e tu gritas, eu mando e tu fazes, eu saio e tu choras, eu entro e tu ruges de júbilo, apertas-te e esfolas-te para receber um olhar meu, talvez tocar-me. Desejas-me, ardes nesse aperto que te torna submisso e oh, um número tão apetecível.
O fetiche, porém, acaba sem mora. Amanhã, eu espero atrás de ti na fila de supermercado. Não me fazes descontos. Não me olhas, não me amas. É uma one night stand,
Conforto-me na minha prostituição.
Amicus Omnibus, Amicus Nemini.
sábado, 26 de setembro de 2009
domingo, 26 de julho de 2009
Às vezes pergunto-me.
Não sei, de repente ocorre-me, enquanto distraio o olhar daquele capítulo que já se teria por terminado. O que é isto? O que é
Aquela fábulazinha infantil que peca por não ter moral que lhe esprema.
Aquele ser e estar, aqui nesta peça improvisada.
Aquele fac simile de desejo.
Aquele olhar lúgubre com que me fitas as entranhas.
Aquela palmadinha nas costas que estou sempre a dar-me.
Aquele blog que depois disto, assumiu-se irreversivelmente como um manifesto sentimentalista.
Teremos sempre o Verão, este Verão.
Não sei, de repente ocorre-me, enquanto distraio o olhar daquele capítulo que já se teria por terminado. O que é isto? O que é
Aquela fábulazinha infantil que peca por não ter moral que lhe esprema.
Aquele ser e estar, aqui nesta peça improvisada.
Aquele fac simile de desejo.
Aquele olhar lúgubre com que me fitas as entranhas.
Aquela palmadinha nas costas que estou sempre a dar-me.
Aquele blog que depois disto, assumiu-se irreversivelmente como um manifesto sentimentalista.
Teremos sempre o Verão, este Verão.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Fome
Comentava-se no outro dia a qualidade da comida fornecida no refeitório da faculdade.
Nada de muito atractivo, uma certa rigidez e elasticidade, mas certamente perecível ao trabalho enzimático prolongado. O cheiro confirmava certa oleosidade, suspeita já desde o início.
Prestes a engolir sofregamente a primeira garfada da humilde refeição, apercebi-me que há quem mate para poder comer o motivo do meu enojamento.
Sucumbi a estes pensamentos, e soube-me tudo pela vida.
Nada de muito atractivo, uma certa rigidez e elasticidade, mas certamente perecível ao trabalho enzimático prolongado. O cheiro confirmava certa oleosidade, suspeita já desde o início.
Prestes a engolir sofregamente a primeira garfada da humilde refeição, apercebi-me que há quem mate para poder comer o motivo do meu enojamento.
Sucumbi a estes pensamentos, e soube-me tudo pela vida.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
sábado, 30 de agosto de 2008
Fecha-se o estio, abre a época de caça.
Retomarei as actividades brevemente. Que melhor altura senão Setembro para redimir escassezes de dízimos ?
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Hoje
A esta precisa hora que escrevo, uma música que ouvi com atenção fez-me chorar. Desde há muito tempo não me sentia assim, tocado pela simplicidade que há numa canção, mas que resume o que é a vida para mim e o mundo que, agora que a ouço, para mim são cerca de 3 minutos de verdades em acordes e versos, e nada antes ou depois disso.
Constatação
Que fique aqui registado que eu tenho pleno conhecimento e consciência de que sou uma pessoa irresponsável.
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