quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Fome

Comentava-se no outro dia a qualidade da comida fornecida no refeitório da faculdade.
Nada de muito atractivo, uma certa rigidez e elasticidade, mas certamente perecível ao trabalho enzimático prolongado. O cheiro confirmava certa oleosidade, suspeita já desde o início.
Prestes a engolir sofregamente a primeira garfada da humilde refeição, apercebi-me que há quem mate para poder comer o motivo do meu enojamento.
Sucumbi a estes pensamentos, e soube-me tudo pela vida.

2 comentários:

Anónimo disse...

Folgo em saber que voltaste a escrever.Um bom texto diga-se de passagem, como sempre curto, seco , mas sempre com uma lição de moral.Parabéns..

Amo-te*

Ruben Loup Chama disse...

Embora não seja muito original este meu comentário, faço minhas as palavras da "ervilha" que abaixo comentou, excepto, e friso bem este ponto, na parte do "amo-te", não vá algum cibernauta menos informado conjecturar nas minhas palavras, em que está "indistinta a distinção entre nada e coisa nenhuma", fazendo alusão ao meu amigo Pessoa (cai sempre bem fazer citações. Dá um ar inteligente ao comentário, mesmo que não o seja...), coisas que não têm nada de verosímil a não ser o de uma boa amizade. Resumindo e atalhando, parabéns.

Abraço,
Do teu semper amicu ( o latim também cai sempre bem...),

Ruben Chama